segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A ESCRAVIDÃO PSIQUIÁTRICA – 1977

“Uma explicação se refere a um acontecimento, ao passo que uma justificação se refere a um ato. A diferença entre esses termos é mais ou menos a mesma que existe entre coisas e pessoas.” (SZASZ, 1986: 17)

“Assim como os verdadeiros crentes do judaísmo acreditam que os judeus são o Povo Escolhido e assim como os verdadeiros crentes do cristianismo acreditam que Jesus é Deus, assim também os verdadeiros crentes da psiquiatria acreditam que a esquizofrenia paranóide é uma doença mental identificável e que os que sofrem dessa doença são perigosos.” (SZASZ, 1986: 61)

“Desde o início, portanto, o direito do louco de obter assistência foi, de fato, o direito do alienista de colocá-lo em reclusão; e, na era atual, a reivindicação do direito a tratamento do paciente psiquiátrico é, na verdade, a reivindicação do direito do psiquiatra de tratá-lo.” (SZASZ, 1986: 129)


“Os indivíduos não vem ao mundo com o rótulo de “escravo” e “não-escravo”, “esquizofrênico” e “não-esquizofrênico”, “perigoso” e “não-perigoso”. Nós – os traficantes de escravos e proprietários de latifúndios, psiquiatras e juízes – é que os rotulamos dessa maneira.” (SZASZ, 1986: 154)

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